A demência é uma síndrome que envolve o declínio progressivo das funções cognitivas.
A principal causa de demência no mundo é a doença de Alzheimer, responsável por cerca de 60% a 80% dos casos. Outras formas incluem demência vascular, demência com corpos de Lewy e demência frontotemporal, cada uma com mecanismos distintos de degeneração cerebral.
O tratamento da demência varia de acordo com a causa. Embora ainda não haja cura para a maioria dos tipos, algumas medicações podem retardar a progressão dos sintomas, como os inibidores da colinesterase para Alzheimer. A reabilitação cognitiva, terapia ocupacional e ajustes no ambiente do paciente também são essenciais para melhorar a qualidade de vida. Os fatores de risco para demência incluem predisposição genética, envelhecimento, hipertensão, diabetes, tabagismo, alcoolismo e traumatismos cranianos repetitivos. Além disso, condições como depressão e distúrbios do sono podem aumentar o risco de desenvolver a síndrome.
Além disso, políticas públicas voltadas ao cuidado de pacientes com demência estão sendo fortalecidas em alguns países, como no Brasil, onde uma Política Nacional para Alzheimer e outras demências foi aprovada em 2024.
Nos séculos XVIII e XIX, o tratamento da demência e outras doenças mentais era rudimentar e, muitas vezes, desumano. Na Europa, os doentes mentais eram frequentemente encarcerados em instituições conhecidas como “asilos” ou “hospitais psiquiátricos”, onde eram submetidos a condições precárias e práticas agressivas, como camisas de força, isolamento prolongado e, em alguns casos, até espancamentos. Acreditava-se que a insanidade tinha causas sobrenaturais ou morais, levando a métodos punitivos em vez de terapêuticos.
No final do século XVIII, o médico francês Philippe Pinel introduziu uma abordagem mais humanizada, libertando pacientes das correntes e defendendo tratamentos mais baseados no diálogo e na observação clínica. No século XIX, surgiram os primeiros modelos médicos que tentavam compreender melhor as doenças mentais, mas ainda predominavam métodos como a lobotomia, choques elétricos e tratamentos com sangrias. Foi apenas no século XX que a psiquiatria começou a adotar abordagens mais eficazes e baseadas em evidências, especialmente com o advento da psicofarmacologia e das terapias comportamentais